segunda-feira, 7 de setembro de 2015

2015 - Ano da Paz


Em 2014, os bispos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovaram, por unanimidade durante a 52ª Assembleia Geral, o Ano da Paz. Trata-se de um período de reflexões, orações e ações sociais, que se estenderá até o Natal de 2015.

Com a proposta do Ano da Paz, a Igreja no Brasil quer ajudar na superação da violência e despertar para a convivência mais respeitosa e fraterna entre as pessoas, explica o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner. “A violência, a falta de paz, provém do desprezo aos valores da família, da escola na formação do cidadão, do desprezo da vida simples”, pontua dom Leonardo.

De acordo com os últimos dados do Mapa da Violência, mais de 56 mil pessoas foram assassinadas no Brasil em 2012. Os jovens são os principais afetados neste contexto, somando mais de 27 mil vítimas naquele ano.
Dom Leonardo afirma que as relações mais próximas, na atualidade, encontram dificuldade de manterem-se vivas e que há uma violência generalizada. “Violência que se manifesta na forma da morte de pessoas, na falta de ética na gestão da coisa pública, na impunidade. A violência, a falta de paz, provém do desprezo aos valores da família, da escola na formação do cidadão, do desprezo da vida simples”, explicou.
Ações práticas
Para celebração do Ano da Paz, serão aproveitados os meses temáticos do Ano Litúrgico, como os meses vocacional, da Bíblia e da missão. “Vamos refletir durante o ano sobre o porquê da violência e sobre a necessidade de uma convivência fecunda e frutuosa. O Ano Litúrgico nos oferece oportunidades para pensar sobre a paz e a realidade da violência”, lembrou dom Leonardo.
O arcebispo de São Luís (MA) e vice-presidente da CNBB, dom José Belisário da Silva, afirma que o Ano da Paz é um convite para reflexão sobre os motivos de tantos acontecimentos violentos. “Está na hora da sociedade brasileira dar passos no sentido de buscar uma harmonia maior no relacionamento humano. Os nossos relacionamentos estão muito degastados”, ressalta.
Para dom Leonardo, o Ano Litúrgico oferece oportunidades para refletir sobre a paz e a realidade da violência. “Os meses temáticos como agosto, mês das vocações, setembro, mês da Palavra de Deus, outubro o mês das missões. 
Mas desejamos ter um dia para manifestar nas ruas de nossas cidades que acreditamos na paz, na fraternidade”.


quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Setembro Mês da Bíblia


O mês de setembro, para nós católicos do Brasil é o mês dedicado à Bíblia, isso desde 1971.
Mas desde 1947 se comemora o Dia da Bíblia no ultimo domingo de setembro.
 O mês de setembro foi escolhido como mês da Bíblia porque no dia 30 de setembro é dia de São Jerônimo (ele nasceu em 340 e faleceu em 420 dC).
São Jerônimo foi um grande biblista e foi ele quem traduziu a Bíblia dos originais (hebraico e grego) para o latim, que naquela época era a língua falada no mundo e usada na liturgia da Igreja. Hoje a Bíblia é o único livro que está traduzido em praticamente todas as línguas do mundo e está em quase todas as casas, talvez nem fazemos ideia, mas a Bíblia é o livro mais vendido, distribuído e impresso em toda a história da humanidade.
A Bíblia – Palavra de Deus – é o fruto da comunicação entre Deus que se revela e a pessoa que acolhe e responde à revelação. Por isso a Bíblia é formada por histórias de um povo, o Povo de Deus, que teve o dom de interpretar sua realidade à luz da presença de Deus e compreender que a vida é um projeto de amor que parte de Deus e volta para Ele.

Nesse mês da Bíblia somos convidados a estudar e refletir sobre esse maravilhoso livro que têm tanto a nos revelar e instruir.

Catequese - Papa Francisco

PAIS QUE EQUILIBRAM TEMPO E ORAÇÃO
Ao conceder a sua catequese de número 100, nesta quarta-feira, 26, o Papa Francisco elogiou os pais que sabem administrar seu tempo e ensinar os filhos a rezar. Ele indicou que esses merecerem o Prêmio Nobel. Após refletir sobre a festa e o trabalho na família, o Pontífice dedicou sua alocução de hoje à necessidade da oração em família.
Francisco lembrou que frequentemente se ouve lamentos como “devia rezar mais…, mas não tenho tempo”. Entretanto, sublinhou que algumas famílias conseguem resolver essa equação. “Dentro das vinte e quatro horas do dia, fazem entrar o dobro. Há pais e mães que merecem o Prêmio Nobel por isso! O segredo está no afeto que provam pelos seus queridos”, afirmou.
Frente a esta realidade, o Santo Padre levou os fiéis a se questionarem sobre o amor que sentem por Deus: “Pensamos em Deus apenas como um Ser imenso, o Onipotente que tudo criou, o Juiz que tudo vê e controla? Ou vemos Deus como uma carícia que nos dá e mantém a vida, uma carícia da qual nem a morte nos pode separar?”.
Francisco explicou que “se o coração for habitado por Deus, até um pensamento sem palavras ou um beijo mandado por uma criança a Jesus se transformam em oração”.
Por isso, ressaltou como acha “belo ver as mães ensinando os filhos pequenos a mandar um beijo a Jesus ou a Nossa Senhora”.
Segundo ele, “este é o espírito da oração, que nos leva a encontrar tempo para Deus, fazendo-nos sair da obsessão de uma vida onde sempre falta tempo, para encontrar a paz das coisas necessárias”.
Escutar o Senhor, conforme assinalou o Pontífice, é a “melhor parte” do tempo, o “verdadeiramente essencial”. Para exemplificar, citou trecho do Evangelho de Lucas que fala da visita de Jesus às irmãs Maria e Marta, tendo esta aprendido que a hospitalidade é importante, mas não é tudo.
O Papa apelou, então, para a oração, a leitura do Evangelho e meditação em família, assim como para que rezem juntos antes das refeições.
“O Evangelho, lido e meditado na Família, é como um pão bom que nutre o coração de todos de manhã até a noite. Quando formos para a mesa, aprendamos a rezar juntos, com simplicidade: é Jesus que vem à nós. Uma coisa que levo no coração e que vi nas cidades: muitas crianças ainda não aprenderam a fazer o sinal da Cruz. Mães, pais, ensinem suas crianças a rezar e a fazer o sinal da Cruz; é um dever muito bonito dos pais!”.
Ao fim da Audiência Geral, Papa Francisco recordou que no próximo dia 1º de setembro, será celebrado o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação. “Em comunhão com nossos irmãos ortodoxos e com todas as pessoas de boa vontade, queremos dar a nossa contribuição para solucionar a crise ecológica que a humanidade está vivendo”.
Lembrando que a data contará com iniciativas de oração e reflexão nas várias realidades eclesiais, Francisco informou que “junto com bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e leigos da Cúria”, será realizada na Basílica de São Pedro, às 17h, uma Liturgia da Palavra, para a qual convidou “todos os romanos e peregrinos a participar”.
Fonte: ACI Digital (Agência Católica Internacional de Notícia)
ESSE É O MOMENTO DA IGREJA TER SEUS NEGÓCIOS EM ORDEM
Um longo discurso sobre a relação entre a Igreja e o dinheiro, com vários exemplos históricos e bíblicos, bem como grandes declarações sobre as reformas econômicas da Cúria Romana e a necessidade de uma imagem credível da Igreja no mundo de hoje foi pronunciado pelo Cardeal George Pell, Prefeito da Secretaria para a Economia da Santa Sé.
Ele falou no sábado (22) durante o Meeting pela Amizade dos Povos, que acontece na cidade italiana de Rimini, acrescentando que “para a Igreja é o momento de ter os seus negócios em ordem”, para que possam ser mostrados ao mundo.
O cardeal destacou que os cristãos não são maniqueístas, que a pobreza pedida pelo Evangelho é “vida simples”, e que Jesus era amigo de pessoas ricas às quais pedia para serem generosas.
Na frente de cerca de quatro mil pessoas presentes no auditório B3, o Cardeal lembrou algumas parábolas, embora nem todos os discípulos tenham sido chamados a abraçar a pobreza: Maria, Marta, José de Arimatéia mantiveram seus bens.
O cardeal ainda citou a ex-primeira-ministra britânica, quando disse que “sem capital suficiente o bom samaritano não teria sido capaz de curar o homem espancado e abandonado”, e acrescentou que a disponibilidade financeira permite realizar boas ações, mas nem sempre, como evidenciado pela usura e o próprio Judas que roubava.
Ele lembrou que a vida econômica hoje tornou-se “mais complicada do que nunca” e que o Direito Canônico pede “a presença de pelo menos três leigos especialistas em economia em cada conselho financeiro diocesano”. Isso não significa, disse o cardeal, que os bispos e padres podem perder o interesse sobre a gestão financeira com a desculpa “de não ter capacidade para gerir o dinheiro” porque isso deixa o campo aberto para incompetentes e ladrões.
Embora não seja necessário um responsável da Igreja especialista em economia, é essencial ser capaz de “perceber quando algo não se enquadra bem e fazer um julgamento real e pessoal para que o dinheiro da Igreja sob seu controle esteja sendo bem utilizado”. Além disso, ele insistiu que o pároco não deve usar “bens da paróquia, como se fossem seus próprios”.
O cardeal admitiu que “é triste ter que vender bens da Igreja, mas às vezes as necessidades pastorais do povo devem vir em primeiro lugar”.
As atuais reformas econômicas da Santa Sé, disse o cardeal, destinam-se a “colocar em prática os ensinamentos cristãos sobre a gestão de propriedades e riquezas, em particular, ao serviço dos que sofrem e dos pobres”.
Pell acrescentou que “os modernos métodos de contabilidade são bons” e, provavelmente, a melhor maneira de garantir honestidade e eficiência, e isso requer competências de especialistas leigos e a adoção do princípio da transparência financeira, porque quem tem acesso ao patrimônio da Igreja também é responsável “neste mundo e não apenas diante de Deus”.
A Igreja, reiterou o cardeal, também necessita de atividades econômicas e investimentos para alcançar “níveis adequados de retorno financeiro”. Quando isso não acontece, significa que outros estão ganhando.
Por fim, o responsável pela economia no Conselho dos 9 cardeais que assessoram o Papa Francisco, citou o que ouviu de uma princesa europeia: “Alguns no Vaticano parecem uma antiga família nobre que está caminhando para a falência, perdendo todo o seu dinheiro”. A Santa Sé, entretanto, sob a orientação do Santo Padre, está trabalhando com ênfase “para mudar esta imagem”, disse o cardeal.
Fonte: ZENIT (Agência Internacional Católica de Notícia)